Clipping Institucional

O Boi de Santa Fé, como a grande maioria de festas populares nacionais, desenvolve-se em forma de Brincada de Roda. Inicia o ritual com a entrada dos Bois, Mãe Catirina, Pai Francisco e Cazumbás, estes últimos, na função de ‘’proteção de terreiro’’ seguido pelos Cantadores acompanhados pelos Batuqueiros, Índios, Índias e Baiantes.

A brincadeira transcorre com o Cazumbá e seu chocalho, personagem misterioso, engraçado e chegado a uma traquinagem, volteando pelo terreiro, ora espalhado, ora enfileirado. Os Índios e Índias, entrincheirados, evoluem dentro do cordão evidenciando a força matriz da nação brasileira, ‘’pulando’’ vigorosamente em seus trajes de penas, colares e lanças. Aos Baiantes é dada a função de limitar as margens da brincadeira com seus portentosos chapéus de penas e fitas, bem como suas roupas de brilho, estribilhantes matracas e canto de refrões. Os Cantadores dão enredo ao sotaque da brincadeira, cantando toadas e contando histórias, por vezes relembrando a baixada maranhense deixada há muito tempo atrás na infância e juventude. Os Batuqueiros mantêm o ritmo com força e precisão das batidas dos pandeiros e ritmo cadenciado do tambor onça.

E finalmente temos os Bois, principais personagens que dão o nome ao folguedo, ‘’rolando’’ com os vaqueiros, em harmoniosa sincronia, desenvolvendo belíssimas e envolventes sequências bailadas em aproximações e afastamentos. Pai Francisco e Catirina, observam de longe o precioso do amo – o boi -, escapando das chifradas do personagem/ animal, com a mulher grávida e desejosa de comer a língua do boi, azucrinando a paciência do marido.

Atualmente a Associação Cultural do Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula Unidos de Santa Fé, possui de mais de 170 brincantes, dentre eles o cordão, Índios, Índias, Cazumbás, Batuqueiros e um atuante grupo de apoio.

O grupo já realizou diversos projetos em seus 37 anos de fundação, como a formação e desenvolvimento de Oficinas de aprendizados nas áreas de percussão, bordados, chapéus e caretas  e batas de cazumbas no Barracão  da Associação, gravação de 08 álbuns, além de promoção de exposições, festivais em várias cidades do Maranhão, participação em novelas da rede globo, documentários, revistas, participação no desfile da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis e apresentação em vários estados do Brasil.